Conheça 5 castelos incríveis na Europa

Conheça 5 castelos incríveis na Europa

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Atualizado em: 18/06/2018

10 min

Das fantasias do Rei Louco aos bosques da Transilvânia, o Cidadania Já te leva hoje a uma viagem histórica. Vamos mostrar cinco castelos de cair o queixo que estão situados na Europa, abertos para visitação e com histórias muito interessantes. Se você está de viagem marcada para lá, não deixe de conhecer essas construções magníficas. E se não está, temos certeza que esse post vai te fazer mudar de ideia. Aproveite para ver se você tem direito à dupla cidadania! Esse é um fator que pode te ajudar bastante na hora de viajar para o continente europeu e para alguns outros países fora dele também. Agora, aperte o cinto que vamos decolar; próxima parada: Alemanha!

Castelo de Neuschwanstein (Alemanha)

Luis II da Baviera, também conhecido como Rei Louco, foi quem concebeu o esboço do castelo. O projeto, entretanto, foi feito por Christian Jank, um desenhista de cenários teatrais que deu um toque de fantasia aos cômodos da edificação. A escolha por um desenhista ao invés de um arquiteto mostra muito da personalidade de Luis II, que tomou como inspiração inicial para a construção de Neuschwanstein uma obra do compositor Richard Wagner, seu amigo. O resultado foi uma magnífica estrutura com ar teatral e fantasioso que inspirou muitos cenários, como o Castelo da Cinderela, na Disney. A obra teve início em 1869 e estava próxima à conclusão em 1886, época em que o Rei Luis II da Baviera foi declarado insano pela Comissão de Estado e aprisionado no castelo. No mesmo ano, o rei foi levado à Berg, município alemão. Em 13 de junho de 1886, foi encontrado afogado no lago Starnberg, juntamente com Von Duggen, o líder da Comissão e psiquiatra que o diagnosticou como insano. As circunstâncias exatas de ambas as mortes permanecem desconhecidas até hoje.

O castelo fica situado na região da Baviera, perto do vilarejo de Hohenschwangau e de Füssen, uma cidade encantadora que também vale a pena conhecer. É possível fazer a visita em um bate e volta de Munique, de carro ou de trem, mas a região possui muitas coisas a se explorar, então a dica é reservar pelo menos uma noite por lá. Füssen, por exemplo, tem numerosas atrações, restaurantes e hotéis e fica a apenas dez minutos do castelo. A visitação pode ser feita todos os dias da semana, das 8h às 17h, e os ingressos só podem ser comprados no local. É possível fazer uma reserva de horário para sua visita com até dois dias de antecedência por uma taxa extra, mas caso você perca a hora, eles cobram o valor do ingresso no seu cartão de crédito.

Alcácer de Segóvia (Espanha)

O Alcácer de Segóvia, também chamado de Alcázar, localiza-se na cidade de Segóvia e é um dos mais distintos castelos-palácios na Espanha por conta de sua forma, a qual remete a proa de um navio. A construção é fortificada em pedra e foi inicialmente construída com o intuito de servir como fortaleza, mas desde então teve muitas utilizações. O castelo, como muitas outras fortificações na Espanha, teve suas origens a partir de uma antiga construção islâmica. O primeiro levantamento do Alcácer foi em 1122, trinta e quatro anos depois da reconquista de Segóvia pelo Reino de Leão. Ao longo dos séculos foi reformado e ampliado diversas vezes, mas seu perfil atual surgiu durante o reinado de Felipe II de Espanha.

Durante a Idade Média, o Alcácer foi uma das residências favoritas dos monarcas de Castela e fortaleza chave na defesa do reino. A coroação de Isabel I como rainha de Castela e Leão, em 1474, foi um dos acontecimentos mais importantes passados no castelo. Quando a Corte Real mudou-se para Madrid, a construção se tornou a prisão do estado por quase dois séculos, até o rei Carlos III fundar no local a Escola Real de Artilharia, em 1762. Um século mais tarde, em 1862, um incêndio danificou boa parte da estrutura do Alcácer, que só começou a ser restaurado em 1882. Após a reforma, o castelo foi cedido ao Ministério de Guerra para ser colégio militar e, em 1931, foi declarado monumento histórico artístico.

Segóvia está a apenas 30 minutos de trem de Madrid. É possível comprar os tickets do transporte na hora, na Estação Chamartín. O passeio dentro do Alcácer dura, em média, meia hora e é liberado ficar dentro do castelo após o término das explicações do guia. Também é possível fazer a visita por conta própria, sem o guia, mas a diferença de preço é mínima. Vale a pena comprar o ticket em que a ida à torre João II está inclusa; a vista lá de cima é magnífica! A subida tem cerca de 150 degraus, com passagens estreitas, mas nada complicado de se fazer.

Castelo de Hohenwerfen (Áustria)

Castelo de Hohenwerfen é uma fortaleza medieval construída entre os anos de 1075 e 1078, cercada de alpes e montanhas austríacas. Sobre uma colina de aproximadamente 155 metros, o castelo foi erguido por ordem do Arcebispado de Salzburgo, que desejava se defender contra invasores. Nos séculos seguintes, Hohenwerfen foi, para os governantes de Salzburgo, uma base militar e também um retiro para caça. A fortaleza foi ampliada no século 12, mas boa parte foi destruída quatro séculos mais tarde por conta de fazendeiros revoltosos que atearam fogo no castelo. Como alternativa, passou a ser utilizada como prisão do estado e ganhou uma reputação sinistra. É dito que muitos criminosos condenados passaram anos reclusos na fortaleza, em condições desumanas. No ano de 1931, o castelo foi atingido novamente por um incêndio, mas foi rapidamente restaurado. Após a Segunda Guerra Mundial, Hohenwerfen tornou-se campo de treinamento da polícia rural austríaca até 1987.

Atualmente, a fortaleza é um museu que fica aberto todos os dias da semana, das 9h30 às 16h, em que há a possibilidade de se fazer passeios guiados ou áudio-tours. Dentre as várias atrações do castelo, há a famosa ala de armas e o museu de falcoaria, no qual você pode ver falcões magníficos de muito perto, além de poder assistir a exibições de voos dos animais, que são treinados para a caça. Uma grande curiosidade é que Hohenwerfen foi o cenário do filme “A Noviça Rebelde” (1965) no número “Do Re Mi”.

Palácio da Pena (Portugal)

O Parque e o Palácio Nacional da Pena são ícones de Sintra, uma linda e romântica vila do distrito de Lisboa. A construção, de silhueta colorida e marcante, é fruto da criatividade de D. Fernando II e um grande expoente do Romantismo do século XIX em Portugal. O castelo foi construído para ser observado de qualquer ponto do Parque que o cerca, o qual segue o mesmo estilo romântico, com estradas sinuosas, plantas de diversos lugares do mundo, bancos e pavilhões de pedra ao longo do caminho e até mesmo um chalé, cuja fachada parece de conto de fadas. O cenário é uma grande mistura de estilos estéticos, como romantismo, manuelino, gótico, etc.

O Palácio das Penas é constituído por duas alas: o antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo (rosa-envelhecido) e a ala edificada no século XIX, conhecida como Palácio Novo (ocre). Em 1838 o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento, que tinha sido erguido na Serra de Sinta em 1511 e desde 1834 estava inabitado. Toda essa área foi reparada: remodelou-se todo o piso superior e 14 celas se transformaram em grandes salas cobertas por suntuosas abóbodas. Em 1843, D. Fernando II decidiu ampliar o castelo a partir da construção de uma nova ala (Palácio Novo) com cômodos maiores ainda. As obras foram encerradas em meados de 1860. Com a implantação da República Portuguesa, em 1910, o palácio tornou-se um museu que pode ser visitado todos os dias da semana, das 9h30 às 20h. Quem está hospedado em Lisboa pode fazer um bate e volta bem simples, pois Sintra fica a aproximadamente 50min da capital. Mas a dica é reservar pelo menos uma noite para conhecer a vila, que apesar de pequena, possui muitos encantos.

Castelo de Bran (Romênia)

Este castelo é uma fortaleza medieval que está próxima à Brașov, na fronteira entre Transilvânia e Valáquia. Popularmente, este é também o “Castelo do Drácula”. A história que circula, por outro lado, é a de que, por volta do final do século XIX, o escritor Bram Stoker viu uma foto do Castelo de Bran e decidiu que aquele seria o cenário perfeito para construção de seu romance “Drácula”. O autor irlandês nunca pisou no castelo, e todo o ar sinistro construído na obra é fruto da imaginação de Stoker. Além disso, Vlad Tepes, o governante que mandava empalar seus inimigos e o homem que inspirou a criação do personagem Conde Drácula, jamais morou em Bran. A única vez que passou pelo palácio foi com seu exército, durante um conflito.

Toda essa confusão histórica com o Castelo de Bran faz com que algumas pessoas se frustrem ao visitar o local principalmente durante o verão, quando o ambiente está ensolarado. Mas a grande questão é: não visite o castelo com a mente fechada. O lugar é uma construção medieval, pequena, mas extremamente encantadora. Pode ser que durante o inverno você até possa sentir um climinha de maior suspense, com a neblina, o tempo cinza e o frio, mas não se deixe desanimar pelas expectativas de encontrar um mausoléu. Bran tem seu charme especial.

O Castelo foi construído no alto de uma colina em 1212, por Cavaleiros Teutônicos. Em 1377, o Rei húngaro Luis I deu a construção aos saxões de Brașov, que construíram uma cidadela no local. Nos anos seguintes, Bran tornou-se um contro comercial importante, pois ficava ne fronteira entre a Transilvânia e a Valáquia. Como é uma fortaleza, também foi atacada diversas vezes, mas foi perdendo a importância durante o século XIX por conta da destruição de sua estrutura e por conta de mudanças estratégicas das fronteiras romenas. O castelo se tornou um museu após a Segunda Guerra Mundial por conta do regime comunista. Bran é uma mostra de cerca de 60 quartos, conectados por passagens e escadas, com a exposição de obras de arte, decorações e armas da realeza. Ao ar livre, nos arredores do castelo, há também um Museu Etnográfico com uma pequena vila medieval construída. O local está a 35 minutos de Brașov e é possível ir de carro ou transporte público. Na alta temporada (abril a setembro), o castelo fecha às 18h e na baixa (outubro a março) o fechamento é às 16h.

Ufa! É isso, caros leitores. Tem como não se apaixonar? Comente e compartilhe em nossa página do Facebook o que você achou, se já visitou algum desses locais ou conhece algum outro incrível. Queremos te ouvir, manda lá!