NEWS: Confinamento em Portugal deverá durar até a Páscoa

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O confinamento em Portugal deve durar até à Páscoa, mais tempo do que os 60 dias anunciados na terça-feira (09/02) pela ministra da Saúde, Marta Temido, na reunião de especialistas no Infarmed sobre a situação epidemiológica no país. O segundo confinamento deveria terminar em 22 de março, segundo as contas de Marta Temido, mas o governo português estuda a possibilidade de prolongá-lo até 4 de abril, domingo de Páscoa.

Na reunião no Infarmed, que juntou, como habitualmente, investigadores, o primeiro-ministro, o Presidente da República, ministros, partidos, confederações patronais, estruturas sindicais e conselheiros de Estado, António Costa admitiu aos presentes que o confinamento poderá terminar somente no final de março.

Confirmando que não haverá levantamento de restrições antes da Páscoa e tomando como critério a abertura das escolas ou dos espaços de restauração, tudo aponta para que o atual período de confinamento geral (em princípio de 73 dias) seja mais longo do que o de 2020.

EFEITOS DO CONFINAMENTO

Na quarta-feira (10/02), a Direção Geral da Saúde – DGS voltou a registrar uma descida geral nos números da pandemia. Ainda assim, foram a óbito 161 pessoas vítimas de Covid-19 e foram detectados 4387 novos casos.

De acordo com o boletim diário, a tendência de descida a nível de internamentos mantém-se também há quatro dias e desde o dia 23 de janeiro que não havia registo de um número abaixo dos 6000 internados. Nesta quarta-feira, o número de internados é de 5829, menos 241 do que no dia anterior. Destes, 853 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos nove do que ontem. Quanto ao número de óbitos é também o mais baixo desde o dia 17 janeiro, quando se registaram 152.

A curto prazo o governo quer aumentar a realização de testes de despistagem da doença. Está também em estudo a possibilidade de se tornarem gratuitos, sem necessidade de prescrição médica.

PROIBIÇÃO DE FRONTEIRAS

Em conjunto com as medidas adotadas para prevenção da Covid-19, o governo decretou proibições em relação às deslocações dos portugueses. Fica extremamente proibido sair do território nacional por vias terrestres, marítimas ou pelo ar.

As exceções são pontuais, sendo elas em casos de viagens com fins de trabalho, estudo ou saúde, sendo necessário apresentação de documento que comprove o deslocamento do país.